sexta-feira, 19 de junho de 2020

Roteiro de estudos 8º anos.

2º Bimestre ( Lote nº 1).

Período (19/06/20 - 30/06/20).

Olá turminha!


Nas aulas desta semana iniciaremos nossos estudos com o tema da vinda da família real para o Brasil. Vários fatores contribuíram pata este processo. Vamos ler um texto introdutório.

A vinda da família real foi um acontecimento iniciado em 29 de novembro de 1807, e o seu desembarque em terras brasileiras ocorreu em 22 de janeiro de 1808, na cidade de Salvador. A vinda foi consequência direta do Período Napoleônico e do desentendimento existente entre França e Portugal na questão do Bloqueio Continental.

Com isso, a família real portuguesa mudou-se para o Brasil e instalou-se no Rio de Janeiro, junto à toda estrutura de governo de Portugal. Isso iniciou o Período Joanino e resultou em uma série de transformações, como a abertura dos portos brasileiros, que contribuíram para levar o Brasil na direção de seu processo de independência.



https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/vinda-da-familia-real-para-o-brasil.htm



Pudemos perceber que a corte portuguesa veio para sua colônia brasileira por conta de pressões envolvendo disputas entre França e Portugal. Uma vez que chegaram a terra de Santa Cruz várias transformações ocorreram. Neste primeiro momento iremos nas modificações urbanísticas  

A seguir será disponibilizado alguns textos e mapas cartográficos para uma melhor compreensão destas variadas modificações na paisagem urbana. Sigam os roteiros com atenção para posteriormente fazer o que se pede. Os exercícios devem ser realizados no caderno e quando for o caso de entrega, precisam ser encaminhados para o meu e-mail:

maurosilva@prof.educacao.sp.gov.br


Situação nº 1 - Brasil : A colônia que virou reino ( caderno do aluno páginas 42 - 56 ).

Interdisciplinaridade: História dialogando com Geografia.

  • Unidade temática: O processo de independência das Américas.
  • Objeto (os) de conhecimento : Os caminhos até a independência.
  • Habilidades da BNCC : EF08HI12 caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada da corte portuguesa, em 1808, até 1822, e seus desdobramentos para a História política do brasileira.
  • Palavras chave: independência, Rio de Janeiro, vinda da corte, urbanização.
Leiam os textos a seguir ( textos e mapas).

Objetivo: identificar as transformações na cidade do rio de Janeiro após a vida da corte portuguesa, em 1808. 

Contexto.

Slide Plano Aula
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6EfkWyYdkKTeA8aAZKGgGMMzzy5uYe6zs2UXsJcQUHaVRb7NX39jKX4ZFMHY/his8-12und05-mapa-do-rio-de-janeiro.pdf

Agora façam a leitura cartográfica seguindo as seguintes indagações (no caderno).


  1. Você conhece esta cidade?
  2. Quais as características desta cidade você reconhece?
  3. A imagem mostra os pontos residenciais da cidade do Rio de janeiro?
  4. Em um mapa turístico como este, quais locais estão sendo mais destacados? Quais poderiam estar ganhando menos destaque? Por quê?

Problematização nº 1


Slide Plano Aula
Disponível: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Kt8j5HSfcUMqQHn4TtYWtAPd6hsVjX2HQgVhs8w8SjKycdQd6RehHtUUUyvv/his8-12und05-textos.pdf

Realizem a leitura dos fragmentos e posteriormente responda as questões.


  • Qual era a impressão que os estrangeiros tinham da cidade do Rio de Janeiro antes da vinda da Corte? (Os estrangeiros achavam a cidade suja, feia e malcheirosa.)
  • O que pode ser entendido com “abrindo-se às modas europeias”? (As pessoas começaram a reproduzir o modo de vida que tinham na Europa ou a imitá-lo.

Problematização nº 2


Slide Plano Aula

Disponível: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Kt8j5HSfcUMqQHn4TtYWtAPd6hsVjX2HQgVhs8w8SjKycdQd6RehHtUUUyvv/his8-12und05-textos.pdf

  • Por que as mudanças na cidade do Rio de Janeiro eram surpreendentes? 
  • Quais as evidências da fisionomia europeia na cidade do Rio de Janeiro que o inglês Gardner viu na cidade do Rio de Janeiro?
  • Quais as profissões citadas no texto? Tem alguma que você não conhece?
  • O que faz cada uma das profissões citadas no texto? Por que a Corte precisava destes serviços?
Problematização nº 2

Slide Plano Aula




  • Com a chegada da Família Real muitas casas foram “requisitadas” para ser moradia da Corte, quantas casas foram requisitadas? 
  • O que significava o “PR” colocado nas propriedades requeridas pela Corte?
  • Como a população passou a chamá-las? 
  • Você acha que a população estava de acordo com a resolução da Corte de tomar suas casas para moradia? 
  • E nos dias atuais, qual a sigla usada e o que ela significa? 
  • Qual o apelido que a população deu para esta sigla? 
  • Você consegue observar algo em comum entre o passado e o presente na cidade do Rio de Janeiro com base neste trecho lido? 

Problematização nº 3


Quatro anos depois, desapropriados da Copa questionam remoções...

Moradora lamenta desapropriações para construção da Arena Pernambuco, um dos 12 estádios da Copa-14 - Eduardo Amorim/BBC
Moradora lamenta desapropriações para construção da Arena Pernambuco, um dos 12 estádios da Copa-14 Imagem: Eduardo Amorim/BBC


O terreno de Romildo Ramos era "um sítio completo", com árvores frutíferas, água potável e uma casa construída com o esforço de muitos anos no Loteamento São Francisco, em Camaragibe, na região metropolitana do Recife. Até que a Copa de 2014 surgiu no horizonte, provocando uma série de desapropriações para abrir caminho para a Arena Pernambuco, um dos 12 estádios do Mundial.




"A gente tinha o nosso canto, o nosso lar, era feliz", diz Paula Santos, 41 anos, nora de seu Ramos. "Desmoronou tudo. Para quê foi feita a Copa?
Para tirar as famílias do lugar?".


Seu Ramos morreu pouco tempo depois da Copa terminar, no fim de julho de 2014. Sua casa havia sido demolida, e ele estava endividado após construir um cômodo às pressas na parte do terreno que lhe restou, após ter metade de seu lote desapropriado. "Ele estava sufocado. Tinha problema de coração e morreu de infarto. Não aguentou a pressão", lamenta ela.


Quatro anos depois da Copa, Paula só consegue sentir repúdio ao olhar para o estádio construído perto de sua casa pela Odebrecht, ao custo de R$ 532 milhões, palco para cinco jogos durante o Mundial. 


"Aquilo tirou nosso sonho, nossa estabilidade. Nossa perspectiva de viver em um lugar seguro. Hoje moramos no Ramal da Copa, com o terreno aberto para a pista, com carros passando, sem segurança, sem vizinhos. É muito descaso",


Os dramas de moradores que sofreram desapropriações nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 se repetiram em outras cidades-sede no Brasil, nas quais milhares de remoções foram conduzidas também para abrir espaço para projetos de infraestrutura para o megaevento, como corredores expressos para BRTs (sistema de ônibus rápido) e alargamento de vias. 


Somente no Rio de Janeiro, de acordo com cálculos do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas da cidade, mais de 22 mil famílias passaram por remoções ou desapropriações entre 2009 e 2015 – em processos relacionados tanto ao mundial de futebol quanto aos Jogos Rio 2016.


Um deles foi Jorge Santos, de 57 anos, último morador a sair da Vila Recreio 2, comunidade de 183 famílias no Recreio dos Bandeirantes, desapropriada para a construção do BRT Transoeste. 


"Passou a Copa, passou a Olimpíada e 80% do nosso espaço continua lá, vazio", diz Santos. 


Para ele, os custos e o processo de sediar a Copa do Mundo fizeram o mundial "perder a graça" para os brasileiros.


"A Copa aconteceu em cima da desgraça de muita gente Brasil afora. Graças a Deus a Alemanha enfiou aquele 7x1, porque se Brasil tivesse vencido, teria sido o argumento de que tudo valeu a pena. O Brasil precisava de uma lição."


https://www.uol.com.br/esporte/futebol/copa-do-mundo/2018/noticias/2018/06/17/quatro-anos-depois-desapropriados-da-copa-questionam-remocoes.htm

  • Quais os temas em comum apresentados nos textos desta atividade? 
  • Quais são os sentimentos de Paula acerca da realização da copa do mundo de 2014?
  • Apresente as características do terreno desapropriado antes e depois da copa do mundo de 2014.
  • Segundo o texto o problema gerado pelas desapropriações foi local ou se estendeu para outros lugares do Brasil? Explique.
  • Argumente sobre a frase sublinhada no texto proferida pelo Sr. Jorge.
  • Que lição seria essa segundo o ponto de vista do Sr.Jorge ?
Por hora é isso turma. Estas atividades serão realizadas no caderno no período de 19/06/20- 30/06/20.

Enviar no e-mail: maurosilva@prof.educacao.sp.gov.br

OBS: nas próximas semanas estarei produzindo aulas on-line na plataforma Meet. Aguardem, pois divulgarei os dias e horários.


Bons estudos!







sexta-feira, 12 de junho de 2020

Roteiro de estudos 7º anos.

2º Bimestre ( Lote nº 1).

Olá turminha! 

Estamos começando o segundo bimestre. Nas aulas de hoje no Centro de Mídias o tema abordado os saberes africanos e pré - colombianos expressos na cultura material e imaterial. Estes continentes eram habitados por povos de grande diversidade cultural há milhares de anos. Tanto os povos africanos como os americanos possuíam características próprias e dominavam grande conhecimento nas artes, matemática, astronomia, medicina, arquitetura, escrita entre outros.

Cada povo tinha seu grau de desenvolvimento e se encontravam em estágios diferentes. Fabricavam objetos de madeira, pedra, metal, argila, ossos e etc. Tinham conhecimento do meio em que viviam e tiravam seu sustento da natureza bem como em alguns lugares praticavam algum tipo de comércio. 

A seguir será disponibilizado alguns textos, vídeos e imagens para uma melhor compreensão destas variadas culturas. Sigam os roteiros com atenção para posteriormente fazer o que se pede. Os exercícios devem ser realizados no caderno e  quando for o caso de entrega, precisam ser encaminhados para o meu e-mail: 

maurosilva@prof.educacao.sp.gov.br

Bons Estudos !

Eram os europeus donos dos saberes e técnicas ?
  • Unidade temática: O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias. 
  • Objeto (s) de conhecimentos: Os saberes africanos e pré - colombianos expressos na cultura material e imaterial.
  • Habilidade (s) da BNCC: Identificar aspectos e processos específicos das sociedades africanas, americanas antes da chegada dos europeus, com destaque para as formas de organização social e o desenvolvimento de saberes e técnicas. 
  • Palavras chave: Expansionismo, África, astecas, incas e saberes tecnológicos.
  • Objetivos: Valorizar as sociedades africanas e ameríndias, anteriores ao contato europeu por meio da análise de seus saberes e técnicas.
Leia o texto a seguir.

Diversidade cultural da África

O continente africano pode ser dividido geopoliticamente em duas grandes faixas de terra: a África saariana (região norte) e a África subsaariana (região sul). Ambas são regiões de diversidade cultural, mas a porção sul do continente é mais diversificada e contém a maior parte da população.


1. Explique a frase em destaque (caderno). Período para realização 22/06/20 - 26/06/20.

Artes plásticas


Os povos africanos do sul desenvolveram diversas formas artísticas ligadas, principalmente, às suas religiões. Trata-se de artefatos, como máscaras, trançados de corda, estatuetas e outros, esculpidos em madeira, pedra ou confeccionados com tecidos. O simbolismo dessas formas artísticas remete às divindades ou a elementos do cotidiano e têm significados diferentes para cada povo, representando o sagrado, o profano ou ações que fazem parte da cultura, como a guerra e a coleta de alimentos (a maioria das tribos subsaarianas possuía uma vida nômade, baseada na caça e na coleta, antes da chegada dos europeus ao continente).

As máscaras são elementos da cultura africana que unem as artes plásticas e a religiosidade.
As máscaras são elementos da cultura africana que unem as artes plásticas e a religiosidade.

As esculturas em marfim dos povos Bakongo evidenciam a tradicional caça de elefantes, animais que já foram abundantes em alguns lugares da África, para a alimentação. As presas desses animais são feitas de um material denso e calcificado, o marfim, e eram utilizadas para fazer esculturas e adornos, como colares.

Os povos que habitavam as regiões de Savana (bioma presente em grande parte da África subsaariana) conheciam a metalurgia, fundindo metais para fabricar armas de caça e de guerra, além de artefatos de decoração.

https://brasilescola.uol.com.br/cultura/cultura-africana.htm (adaptado).

2.Quais materiais eram utilizados para a confecção das máscaras? (caderno).

3. Quais as possíveis  relações das máscaras com o texto? (caderno).

4. Segundo o texto. Qual era o estilo de vida destes povos e do que vivam? (caderno).

5 Os povos das savanas produziam que tipo de artefatos e qual era a matéria prima utilizada? (caderno).

América pré - colombiana, astecas.

Assintam o vídeo.

https://www.youtube.com/watch?v=mN9iCG6fctE

Texto para complemento ao vídeo.

Astecas.

O Império Asteca alcançou o seu apogeu entre os anos de 1440 e 1520 e a sua sociedade era fundada em aspectos religiosos e na guerra.

Originário da região de Aztlán, no sul da América do Norte, o povo asteca se estabeleceu nas ilhas do lago Texcoco, no planalto mexicano, em 1168 d.C. No século XIV, mais especificamente no ano de 1325, os astecas fundaram a importante cidade de Tenochtitlán, que seria uma das maiores cidades do mundo no século XV. Com impressionante arquitetura, organização e desenvolvimento, a cidade asteca de Tenochtitlán foi comparada às cidades de Constantinopla e Roma pelos conquistadores europeus.

Organização política.

A formação do Império Asteca deu-se a partir da aliança de três grandes cidades: a capital Tenochtitlán, texcoco e Tlacopán. Ao contrário do que ocorrera entre os incas, a estrutura não era rigorosamente centralizada.

A unidade entre as inúmeras comunidades de distintas culturas (zapotecas, mixtecas, totonacas etc.) dava-se ao redor de aspectos religiosos e por meio da centralização militar dos astecas e da arrecadação de impostos na capital.

Durante a era monárquica, ocorreu a transmissão do poder via eleição, que era realizada por um conselho de nobres membros da família real. O Império Asteca alcançou o seu apogeu entre os anos de 1440 e 1520, sendo que as áreas conquistadas por esta civilização formavam 38 províncias e, no início do século XVI, durante o governo do imperador Montezuma II, o império chegou a ser formado por cerca de 500 cidades.

No ano de 1520, o Império Asteca foi destruído pelos colonizadores espanhóis, sob a liderança de Hernán Cortés.

A derrocada do Império Asteca deu-se devido a uma soma de fatores, como o armamento bélico mais avançado dos colonizadores, a proliferação de diversas doenças e epidemias entre os astecas e aliança de alguns povos da região e os espanhóis.

A sociedade asteca.

A sociedade asteca era fundada em aspectos religiosos e na guerra, e os grupos que detinham mais poder eram, respectivamente, os sacerdotes, chefes militares e altos funcionários do Império.
Existia a união de vários grupos de famílias no campo, conjunto denominado Calpulli, que era dirigido por um conselho de chefes.

A nobreza, denominada Pipiltin ou Pilli, era constituída pela família real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros e chefes dos Calpulli. A sociedade asteca era ainda composta pelos comerciantes de artigos de luxo (Pochtecas), os plebeus (Macehualtin), os escravos por compra (Mayeques) e os escravos voluntários (Pordioseros).

A religião.

Considerados o povo mais religioso da região, os astecas possuíam mitos e ritos bastante ricos e variados, sendo que os mais importantes sempre envolviam o Sol. A religião era politeísta e esta civilização cultuava deuses da natureza, como o Sol, a Lua, o Trovão e a Chuva. Os maiores deuses eram os seguintes: Huitzilopóchtli (Deus da Guerra), Tonatiuh (Deus Sol), Tezcatlipoca (Deus guerreiro e inventor do fogo), Tlaloc (Deus da Chuva) e Quetzalcóatl (Criaor do Homem, protetor da vida e da fertilidade).

Os astecas praticavam atividades ritualísticas, também com sacrifícios humanos ou de animais.

A cultura.

A arte dos astecas foi bastante influenciada pelas tradições olmecas e toltecas, o que inclui a escultura em jade e as grandes construções. Destacavam-se a confecção de tecidos, os artigos com pinturas e os objetos em ouro e prata.

A arquitetura estava relacionada à religião, sendo que a forma mais utilizada era a enorme pirâmide com escadarias que findava em um santuário.

A música e a poesia estavam estritamente ligadas e, não raro, eram acompanhadas por instrumentos, danças e encenações. Os astecas também desenvolveram cálculos de geometria e astronomia, e utilizaram o calendário maia com algumas modificações.

A escrita, representada por desenhos e símbolos, era utilizada para registro dos calendários sagrados, história, cenas cotidianas e conhecimentos diversos.

A economia.

A sustentação da economia do Império Asteca baseava-se no pagamento dos tributos em mercadorias. Os astecas desenvolveram técnicas agrícolas como os terraços nas encostas das montanhas, onde plantavam milho, pimenta, algodão, abóbora etc.
A educação

A educação era completamente controlada pelos sacerdotes. Os astecas possuíam as calmecas, escolas especiais que tinham o objetivo de treinar meninos e meninas para tarefas religiosas oficiais.

Existiam ainda as denominadas telpuchcalli, ou “casas da juventude”, que eram escolas para as crianças menos disciplinadas. Nas telpuchcalli eram ensinadas as tradições astecas, normas religiosas e artesanatos.

A educação.

A educação era completamente controlada pelos sacerdotes. Os astecas possuíam as calmecas, escolas especiais que tinham o objetivo de treinar meninos e meninas para tarefas religiosas oficiais.

Existiam ainda as denominadas telpuchcalli, ou “casas da juventude”, que eram escolas para as crianças menos disciplinadas. Nas telpuchcalli eram ensinadas as tradições astecas, normas religiosas e artesanatos.

POR DÉBORA SILVA.

Após os estudos realizados nesta secessão. Iremos produzir um caderno ilustrado, ou seja, um breve resumo da civilização asteca de forma simples, resumida, colorida e com imagens 9 impressos ou desenhado a mão). A seguir algumas dicas de como fazê - lo. 

Algumas dicas para o ajudar a construir um livro de memórias sobre os astecas:
  • Esquematize uma linha temporal para o ajudar a organizar a informação. Alguns 
  • Escolha sempre com a pessoa o material a incluir no livro de memórias: cópia de fotografias, mapas, documentos, memórias faladas, e o mais que a criatividade se lembrar.
  • Legende a informação visual com palavras e frases curtas.
  • Utilize uma letra clara, com pontuação, normas da língua portuguesa e tenha atenção aos fundos que devem ser simples de maneira a que não causem distrações visuais.
  • Por último, não coloque muita informação por página.
Lembre-se que o livro não tem que ficar uma obra de arte! Sobretudo, aproveite o momento para estabelecer uma boa relação com o seu familiar.

Período para confecção do caderno ilustrado: 29/06/20 - 17/07/20.

OBS: enviar fotos desta atividade ( CADERNO ILUSTRADO ) para o e-mail: 

maurosilva@prof.educacao.sp.gov.br 


Como fazer? Vídeo ilustrativo.



OBS: Não precisa ser feito em EVA. Faça no seu próprio caderno bem caprichado, colorido e com imagens. Prestem atenção no roteiro de construção de seu caderno ilustrado. As datas e etapas estarão indicas ao longo do texto, quando for o caso de enviar algo haverá indicação para tal...

Agora mãos a obra!

 






  

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Roteiro de estudos 8º anos ( 22/05/20 - 05/06/20 ).

2º Bimestre.

Olá turminha! 

Como temos acompanhado os "ares" do iluminismo percorreram o mundo desencadeando vários processos revolucionários. Mudanças que atingiram a sociedade do século 18 como um todo. Estes ideais também chegaram na América como desdobramento da Revolução Francesa. 

Nesta linha de estudos iremos analisar a Conjuração baiana e suas relações com a Revolução Francesa. Para tal, sigam os roteiros a seguir com calma e atenção, estabeleçam uma rotina de estudos,ou seja, aprendam a administrar o tempo, resolvam os exercícios no caderno e postem comentários no blog.

 Link: felicianomeublog.blogspot.com (postar os comentários).

Bons Estudos!

Conjuração baiana e suas relações com a Revolução Francesa.

  • Unidade temática: O mundo contemporâneo: O antigo regime em crise.
  • Objeto (s) de conhecimentos: Rebeliões na América portuguesa: A Conjuração baiana.
  • Habilidade (s) da BNCC: EF08HI05. Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas.
  • Palavras chave: Conjuração baiana, Revolta dos Búzios, Revolta dos Alfaiates, Revolução Francesa, liberdade, igualdade.
Leitura de imagem. 
Slide Plano Aula
Observe o cartaz que trata da Revolta de Búzios (ou Conjuração Baiana), movimento ocorrido na Capitania da Bahia, entre 1798 e 1799, que reivindicava a emancipação do Brasil do domínio português e a instauração da República, o fim da escravidão e do preconceito, dentre outros. 

  • Vamos analisar? 

  1. Vocês já ouviram falar sobre a Revolta dos Búzios (ou Conjuração Baiana)?
  2. De acordo com a imagem, quem são as pessoas referidas como heróis?
  3. O que podemos entender com o enunciado: “Heróis de Búzios”?
  4. Qual seria a causa defendida por estes heróis?
  5. A Conjuração Baiana, também chamada de Inconfidência Baiana ou Revolta dos Búzios, não é tão conhecida como outros movimentos de revolta como a Inconfidência Mineira. Baseados na observação da imagem, respondam qual fator pode ter levado a este “esquecimento”?


Bandeira em homenagem à Revolta dos Búzios é hasteada na Praça da Piedade.



Iniciativa visa a homenagear os heróis do movimento e servir de símbolo contra a discriminação racial.


Uma bandeira em homenagem à Revolta dos Búzios foi instalada na Praça da Piedade na manhã desta sexta-feira (18). O governador Rui Costa e a educadora Makota Valdina, militante do movimento negro, fizeram o hasteamento. O evento contou ainda com a participação de músicos do Ilê Aiyê e do Olodum, e de representantes do movimento negro.

A instalação da bandeira é resultado da articulação das secretarias estaduais de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), de Comunicação (Secom) e da Cultura (Secult), com a participação das organizações sociais do Olodum e do Ilê Aiyê. A iniciativa visa homenagear os heróis e apoiar o combate à discriminação racial.


A inscrição em latim "surge, nec mergitur" significa "apareça e não se esconda"
(Foto: Manu Dias/Divulgação).


Para o secretário de Cultura, Jorge Portugal, a instalação da bandeira ajuda a revelar o protagonismo negro na história do país. "A primeira proposta avançada por liberdade, cidadania e emancipação do país é protagonizada por quatro homens negros. Por isso talvez a história tenha escondido essa data e esse episódio das novas gerações que foram se sequenciando", declara.


A ex-vereadora e militante do movimento negro, Olívia Santana, destacou o caráter reparatório da iniciativa. "Aos poucos a gente vai conseguindo conquistar uma reparação simbólica. A população de Salvador precisa se apropriar desses heróis, que foram precursores da República", afirma.

A Praça da Piedade já conta com os bustos dos mártires da revolta: Manoel Faustino dos Santos Lira, Luiz Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Amorim Torres e João de Deus Nascimento. O grupo foi enforcado e esquartejado no local pela sua participação no movimento. Em 2011, os quatro foram alçados à posição de heróis nacionais por um decreto presidencial.

Revolta dos Búzios.

Também conhecida como Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana, a Revolta dos Búzios teve início em 1796, na Bahia. O movimento era inspirado pelos ideais da Revolução Francesa e propunha a libertação do Brasil do domínio de Portugal e o fim da escravidão.

Para além do caráter emancipacionista, a Revolta dos Búzios entrou para história como uma das maiores manifestações populares comandadas por negros, mulatos e mestiços. O movimento foi duramente repreendido e terminou com quatro dos líderes enforcados e esquartejados na Praça da Piedade, em 8 de novembro de 1799.

Análise do texto.
  1. De acordo com a reportagem, a Revolta dos Búzios é reconhecida como importante para quem?
  2. Há semelhanças entre a bandeira da Conjuração Baiana e da França. Vocês sabem quais são? Acham que isso pode indicar uma influência da Revolução Francesa no movimento baiano? Se sim, qual?
  3. A quem poderia estar se referindo a expressão em latim "surge, nec mergitur" ("apareça e não se esconda") no contexto da Revolta de Búzios?
  4. Esta expressão pode ser inspiradora ainda nos dias atuais? A quem?
Fontes de pesquisas: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5452/a-conjuracao-baiana-e-suas-relacoes-com-a-revolucao-francesa.















quarta-feira, 20 de maio de 2020

Roteiro de estudos 7º anos ( 22/05/20 - 05/06/20 ).

2º Bimestre.

Olá turminha!


As aulas do Centro de Mídias trouxe como tema a formação das monarquias nacionais, ou seja, a passagem do feudalismo onde o poder estava nas mãos do senhores feudais ( poder descentralizado ) para o controle dos reis ( poder centralizado ) iniciando -se assim o surgimento de alguns países.

Vários foram os fatores que contribuíram para este processo ao longo de alguns séculos ( as cruzadas, as guerras de reconquistas da Península Ibérica, o Renascimento comercial e urbano...). 

O processo de formação das Monarquias Nacionais atribuiu novas feições à Europa.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/monarquia.htm.

Para entender um pouco melhor este processo iremos realizar a análise de algumas fontes tais como textos, vídeos e imagens. É importante que todos nós realizemos com atenção esta etapa de competência leitora, pois ela irá nos dar fundamentos par uma melhor compreensão do tema. Sendo assim seguem as propostas de leitura.

Formação das Monarquias Nacionais ( texto ).


O processo de formação das monarquias nacionais européias remonta uma série de mudanças que se iniciaram durante a Baixa Idade Média. De fato, o processo de consolidação das monarquias foi um dos mais evidentes sinais das transformações que assinalavam a crise do sistema feudal e a construção do sistema capitalista, legitimado pela nascente classe burguesa. No entanto, mesmo a surgir nesse contexto de mudança, as monarquias não simbolizavam necessariamente a crise do poder nobiliárquico.

Nesse sentido, a constituição das monarquias pode ser compreendida enquanto um processo que conseguiu atender simultaneamente os interesses dos nobres e dos burgueses. Por um lado, a formação das monarquias conseguiu conter as diversas revoltas camponesas que marcaram os finais da Idade Média com a reafirmação da propriedade feudal. Por outro, essas mesmas monarquias implantaram um processo de padronização fiscal e monetário que atendia a demanda econômica da classe burguesa.

Por isso, podemos notar que o Estado Monárquico buscava preservar algumas tradições medievais e criar novos mecanismos de organização política. Nesse novo contexto, o poder local dos senhores feudais foi suprimido em favor da autoridade real. No entanto, os nobres ainda preservaram alguns importantes privilégios, principalmente no que se refere à isenção no pagamento de impostos. Somente os burgueses e a classe campesina estavam sujeitas às cobranças de taxa.

Grande parte dos impostos arrecadados era utilizada para organizar os exércitos responsáveis pela contensão dos conflitos internos e a defesa dos interesses políticos da nação contra os demais estados estrangeiros. Nesse sentido, percebemos que a Europa moderna foi marcada por intensos conflitos aonde o controle por territórios instalou sucessivos episódios de guerra. A partir dessa nova demanda, exércitos permanentes foram formados sem a intervenção personalista da classe nobiliárquica.

No campo econômico as atividades comerciais tinham papel fundamental no enriquecimento e consolidação da autoridade real. Por isso, diversos reis ficaram preocupados em adotar medidas que protegessem a economia contra a entrada de produtos estrangeiros (protecionismo) e conquistar áreas de exploração colonial, principalmente, no continente americano. Dessa forma, podemos ver que o Estado Absolutista teve grande papel no desenvolvimento da economia mercantil.

O rei, sendo a expressão máxima desse tipo de governo, contou não só com auxílio dos grupos sociais burgueses e nobiliárquicos. Tendo a Europa preservado uma forte religiosidade, foi de fundamental importância que a Igreja reafirmasse a consolidação dessa nova autoridade por meio de justificativas ligadas à vigente fé cristã. Nesse sentido, o rei era muitas vezes representado e idealizado como um representante dos anseios divinos para com a Nação.

Sendo esse um processo histórico que permeou toda a Europa Ocidental, a ascensão das autoridades monárquicas foi claramente observada entre os séculos XII e XV. Entre os principais representantes dessa nova experiência política podemos destacar a formação das monarquias em Portugal, na Espanha, na Inglaterra e na França. O auge desse tipo de governo foi vivido entre os séculos XVI e XVII, mas logo foi desestabilizado pelas críticas e revoluções liberais iniciadas no século seguinte.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/monarquia.htm

Formação dos Estados Modernos
 (vídeo). 

 Por enquanto é só leituras e análise dos documentos.

Aguardem próximas orientações.




sexta-feira, 15 de maio de 2020

Roteiro de estudos 8º  anos ( 15/05/20 - 22/05/20).


Olá turminha!

Em nossas aulas presenciais e agora pelas redes sociais, bem como pelo Centro de Mídias. Estudamos a Revolução Francesa. Pudemos perceber o quanto estas ideias transformaram a Europa e o Mundo. 
Mudanças que percorreram várias áreas do conhecimento ( política, economia, religião, ciência, sociedade e etc.).

 As conquistas daquele período se ampliaram através dos tempos. E hoje em muitos lugares o conceito de cidadania e democracia foram ampliados. A ultima  Constituição brasileira de 1988 é a mais democrática que já tivemos e esta em constante transformação, pois a sociedade composta por pessoas de diferentes gerações se modificam o tempo todo.

Pois bem! Neste momento será disponibilizado um breve resumo da Revolução Francesa para que vcs leiam atentamente e também pesquisem em outras fontes para melhor estruturarem o conhecimento. Após esta etapa produzam um mapa mental acerca do tema. 

Pode ser feito no caderno, folha sulfite, papel cartão e no word. Quem optar por fazer no word poderá enviar para meu e-mail ( aula.extra@hotmail.com) ou mesmo pelo WhatsApp em forma de PDF. 
No caso de pesquisas para realização em plataformas digitais. Não se esqueçam de sitar as fontes de pesquisas. 

Ao final do texto tem algumas dicas de como produzir mapas mentais.

Então é isso. Leiam o texto abaixo e boa atividade.

Caprichem!!! 




REVOLUÇÃO FRANCESA


Processo revolucionário que aconteceu na França entre 1789 e 1799 e que recebeu o nome de Revolução Francesa.
A Revolução Francesa foi um ciclo revolucionário que aconteceu na França entre 1789 e 1799 e que teve como resultado prático o fim do absolutismo no país. A Revolução Francesa aconteceu por conta da insatisfação da burguesia com os privilégios que a aristocracia francesa gozava e da insatisfação do povo com sua vida de sofrimentos, marcada pela pobreza e fome.


A Revolução Francesa é um dos acontecimentos mais importantes da história da humanidade porque dela iniciou-se o processo de universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais, previstos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa revolução também abriu caminho para o republicanismo na Europa e para a democracia representativa. A Revolução Francesa inspirou-se nos ideais do Iluminismo, que surgiram no século XVIII.



Causas da Revolução Francesa



A Revolução Francesa foi resultado da crise econômica, política e social que a França viveu no final do século XVIII. Essa crise na França foi consequência direta de uma sociedade marcada pela desigualdade típica do Antigo Regime, nome pelo qual ficou conhecido o absolutismo na França. A França do final do século XVIII era governada por Luís XVI.



A sociedade francesa era dividida em três classes sociais:



Primeiro Estado: clero



Segundo Estado: nobreza



Terceiro Estado: restante da população que não se incluía nos outros dois Estados



Dentro dessa organização social, existia uma divisão muito clara, pois clero e nobreza eram classes que compunham a aristocracia e que gozavam de uma série de privilégios, como isenção de certos impostos e direito de cobrar taxas por suas terras. O Terceiro Estado, por sua vez, mantinha todo o peso de arcar com as despesas do governo francês. Além disso, essa classe era extremamente variada, pois incluía grupos bastante diferentes, como burgueses e camponeses.



A grande desigualdade social da França foi a raiz que causou a convulsão que iniciou a Revolução Francesa. É importante também não ignorar a insatisfação da burguesia, que queria combater os privilégios da aristocracia como forma de prosperar seus negócios no país. Isso convergiu para a revolução em 1789.



Na segunda metade do século XVIII, a França sofria as consequências de seu atraso econômico (em comparação com a Inglaterra) no desenvolvimento do capitalismo e dos altos gastos do país. Tentativas de reforma econômica aconteceram naquele século, mas fracassaram, pois esbarraram na resistência do clero e da nobreza, que não queriam abrir mão de seus privilégios.



Os gastos desnecessários também eram um dos grandes males do país, sobretudo aqueles relacionados com guerras desnecessárias, como a Revolução Americana. Esses fatores endividaram bastante o governo e destruíram a economia francesa.



A crise econômica que se instalou na França impactou diretamente as relações sociais no país, pois a nobreza, tentando reduzir os impactos da crise em seu estilo de vida, aumentou a exploração sobre o povo. Dessa forma, os camponeses e a classe média francesa, principalmente, foram prejudicados. Isso aconteceu porque a nobreza passou a ocupar cargos de governo que, usualmente, eram ocupados pela classe média e porque os impostos cobrados dos camponeses aumentaram.



Essa situação gerou um grande impacto, principalmente, sobre a renda dos camponeses, grupo que já vivia uma situação delicada. O aumento dos impostos fez com que os camponeses abrissem mão de uma parcela cada vez maior da sua produção, utilizada basicamente para sua subsistência. Isso fez com que o estilo de vida dos camponeses piorasse bastante nos vinte anos anteriores à Revolução Francesa.



Os gastos elevados do governo francês também eram um problema grave. No final do século XVIII, a França gastava metade de seu orçamento anual para o pagamento de dívidas do Estado. Um dos resultados mais pesados da crise econômica sobre o povo foi a alta da inflação e, consequentemente, o aumento do custo de vida. Como a situação em 1789 era delicada, o rei francês optou por convocar os Estados Gerais.
Estados Gerais e a Queda da Bastilha



Os Estados Gerais eram uma espécie de assembleia emergencial convocada pelos reis franceses para tomada de decisões importantes. Os últimos Estados Gerais tinham sido convocados há mais de 150 anos. Embora a aristocracia francesa esperasse que medidas fossem tomadas, desejava que a assembleia convocada em 1789 mantivesse os privilégios aristocratas.



A convocação dos Estados Gerais coincidiu com um momento de grande mobilização popular em Paris. Essa mobilização foi resultado direto da insatisfação popular com a fome, que havia aumentado por conta das colheitas ruins de 1788. Em decorrência disso, o preço do alimento disparou, fazendo com que muitos não tivessem condição de comprar alimentos suficientes.



Com a fome espalhando-se pelo país, as pessoas mais pobres eram jogadas para a rebelião ou para o banditismo. Essa situação fez com que as camadas populares de Paris enxergassem os Estados Gerais como uma forma de melhorar a situação.



As decisões dos Estados Gerais eram realizadas por meio de uma votação, na qual cada estado tinha direito a um voto. Esse mecanismo permitia a união entre nobreza e clero contra o Terceiro Estado e, assim, garantia a permanência de seus privilégios. Os representantes do Terceiro Estado, por sua vez, sugeriram que o voto fosse individual, não por Estado. Com isso, o Terceiro Estado teria a possibilidade de ameaçar os interesses da nobreza e do clero.



A proposta do Terceiro Estado pelo voto individual foi rejeitada pelo rei, o que motivou seus a romper com os Estados Gerais e a formar uma Assembleia Nacional Constituinte a fim de que uma nova Constituição fosse redigida para a França. A insatisfação popular tomou as ruas quando o rei mostrou-se contrário à Constituição e ordenou o fechamento da Constituinte.



No dia 14 de julho de 1789, os sans-culottes (camadas populares de Paris), enfurecidos, resolveram atacar a Bastilha, prisão que abrigava presos políticos do absolutismo. Apesar de, naquele momento, a Bastilha estar quase desativada, continuava sendo um grande símbolo do absolutismo. A população parisiense conseguiu tomar a prisão. Essa ação é considerada pelos historiadores como o grande marco que iniciou a Revolução Francesa.



Fases da Revolução Francesa



Após a Queda da Bastilha, o processo revolucionário espalhou-se pelo país e estendeu-se por um período de dez anos. A revolução só foi encerrada na França quando Napoleão Bonaparte tomou o poder do país por meio do Golpe do 18 de Brumário. Esses dez anos de extensão da Revolução Francesa são divididos em três fases:



Convenção (1792-1795)

Diretório (1795-1799)


Assembleia Nacional Constituinte e Assembleia Legislativa



Essa é fase da Revolução Francesa na qual ocorreu a atuação da Assembleia Nacional Constituinte e da Assembleia Legislativa. Após a Queda da Bastilha, a revolução espalhou-se pelo país e chegou às zonas rurais. Os camponeses temiam que a aristocracia reagisse aos fatos que aconteciam em Paris e deixasse a população sem alimento. Com isso, partiram para o ataque.



Essa reação recebeu o nome de Grande Medo e aconteceu entre julho e agosto de 1789. Nesse episódio, camponeses começaram a invadir as propriedades de aristocratas, promovendo saques e assassinando os proprietários. Além disso, exigiam o fim de alguns impostos e queriam ter direito a mais alimentos.



Os constituintes, temendo que a violência aumentasse, tomaram algumas medidas para conter as ações do povo. Assim, os privilégios feudais foram abolidos na França no início de agosto e, ainda nesse mês, foi anunciada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, um dos documentos mais importantes de toda a Revolução Francesa. Essa declaração estabelecia, na teoria, que todos os homens eram iguais perante a lei.



A violência popular e as mudanças que estavam acontecendo fizeram com que parte da aristocracia francesa fugisse do país e fosse para outras nações absolutistas, como Áustria e Prússia. Essa aristocracia que fugiu da França iniciou esforços contrarrevolucionários com o objetivo de reimplantar o absolutismo na França.



O rei francês Luís XVI e sua esposa, Maria Antonieta, também tentaram fugir da França, mas foram reconhecidos quando se aproximavam da fronteira com a Bélgica. Após ser capturado, o rei francês foi reencaminhado para o Palácio de Tulherias, local onde vivia desde 1789 – antes disso, o rei francês vivia no Palácio de Versalhes.



Outras mudanças que aconteceram nesse período foram decorrentes da Constituição Civil do Clero, uma tentativa de colocar o clero francês sob o controle do governo. Em 1791, foi promulgada a nova Constituição da França, que transformou o país em uma monarquia constitucional. Após a promulgação, a Assembleia Constituinte transformou-se em Assembleia Legislativa.



Nessa Assembleia, consolidaram-se dois partidos, que foram muito importantes para os anos seguintes da Revolução Francesa: girondinos e jacobinos. Os girondinos assentavam-se à direita da Assembleia e tinham uma postura mais conservadora em relação às mudanças em curso. Já os jacobinos assentavam-se à esquerda e partilhavam de uma posição mais reformista, que defendia a ampliação das reformas em curso no país.



Nesse período, rumores de que austríacos e prussianos estavam organizando forças para invadir a França espalharam-se e fizeram com que a Assembleia emitisse uma declaração de guerra contra esses dois países. Os franceses lutaram essa guerra com a Guarda Nacional, tropa que tinha surgido em Paris no começo da revolução e que era liderada pelo Marquês de La Fayette.



O início da guerra criou condições para a radicalização da revolução e levou a população a apoiar os jacobinos e os sans-culottes. A guerra foi declarada em abril de 1792 e, em setembro de 1792, a Monarquia Constitucional na França caiu. Os sans-culottes anunciaram a instauração da República na França.



Convenção



Com a República, a Assembleia Legislativa transformou-se em Convenção. Os membros da Convenção foram escolhidos por sufrágio universal masculino, e o rei francês, naturalmente, foi destituído de sua função. Nesse momento, uma nova discussão tomou a política francesa: o destino de Luís XVI.



Os jacobinos defendiam que o rei deveria ser guilhotinado, pois era considerado o grande culpado pelos males que a França enfrentava. Já os girondinos defendiam o exílio do rei. O processo de Luís XVI teve uma reviravolta quando um suposto cofre foi encontrado em Tulherias com evidências do envolvimento do rei com a contrarrevolução. O resultado disso foi a execução de Luís XVI na guilhotina em janeiro de 1793.



Esse regicídio inaugurou a fase do Terror na revolução. Os jacobinos tomaram o poder da França e, liderados por Maximilien Robespierre, iniciaram uma fase de radicalização, que ampliou as reformas no país e perseguiu todos aqueles que se opunham a ela. Na República controlada pelos jacobinos, os opositores foram alvos da Lei dos Suspeitos, responsável pela morte na guilhotina de 17 mil pessoas em 14 meses|1|.



O Terror imposto pelos jacobinos levou os girondinos a organizarem-se e a reagirem com a Reação Termidoriana em 1794. Com esse evento, os jacobinos foram destituídos do poder, Robespierre foi guilhotinado e a agenda reformista foi substituída por uma agenda mais conservadora e liberal. Em 1795, a Convenção foi substituída pelo Diretório.



Diretório



Com o enfraquecimento dos jacobinos, os girondinos, à frente dos interesses da alta burguesia francesa, redigiram uma nova Constituição para a França e reverteram algumas medidas. Utilizaram ainda o exército francês para reprimir todos aqueles que se opusessem às medidas que estavam sendo implantadas.



A França permaneceu em uma onda de instabilidade política, social e econômica durante os anos seguintes, que fez com que a alta burguesia defendesse a implantação de um governo autoritário presidido por uma figura de força. Essa figura era Napoleão Bonaparte, general do exército francês, famoso na época por liderar as tropas do país no exterior.



Napoleão tomou o poder da França em 1799, quando organizou um golpe que ficou conhecido como Golpe do 18 de Brumário. Isso marcou início do Período Napoleônico.



Consequências



A Revolução Francesa foi um marco para a humanidade e causou uma série de mudanças, a curto prazo e a longo prazo, na França e no mundo. Entre as várias consequências, podem-se destacar algumas:



Universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais



Fim dos privilégios e dos resquícios do feudalismo na França



Início da queda do absolutismo na Europa



Separação entre os poderes legislativo, executivo e judiciário.